domingo, 26 de dezembro de 2010

you want to be someplace warm probably mexico even though it´s really not that cold been planning a girl girl trip in a motor home to see how it feels to leave you wanted to see just how good it feels to leave never mind the mess you´ve left behind you wanted to see just how good it feels to leave and leave everything behind just
a chance to breathe a little time of your own it don´t really matter where you go
i´ll buy you some magazines you can call me from a roadside phone let me know when your coming home you know where to find me whenever you decide you know that i´ll be here when you get home you wanted to see just how good it feels to leave never mind the mess you´ve left behind you wanted to see just how good it feels to leave.

sábado, 18 de dezembro de 2010

que assim seja.

Que a minha intensidade não me impeça de respirar vezenquando, pois suspiro o tempo todo pra encontrar espaço nesse peito que já nem se cabe. Que essas explosões de vida, de beleza e dor me permitam ao menos, por alguns momentos, absorvê-las com tranqüilidade: para que eu consiga dormir sem ter de chorar ou gargalhar até a exaustão, pois sinto falta de apenas lacrimejar ou sorrir sem contrações, descontraída. Que a felicidade não me doa sempre e tanto, a ponto de assustar. Que haja alguma suavidade nos meus olhos diante do cotidiano e que eu não me emocione exageradamente com esta delicadeza. Que eu possa contemplar o mar sem que ele me afogue por completo. Que eu possa olhar o céu imenso e que isso não me aniquile por lucidez extrema. E que quando eu escrever um texto, ao ser publicado, assim, despido de qualquer revisão emocional, dotado apenas da intuição que me foi dada, que encontre a fonte precisa que agasalhe a palavra “palavra”. Que eu não viva só em caixa alta, com esses gritos que arranham silêncios e desgovernam melodias. Que eu saiba dizer sem que isso me machuque demais. Que eu saiba calar sem que isso me provoque uma tagarelice interna inquieta. Que eu possa saber dessa música apenas que ela se comunica com algo em mim, nada mais. Que eu possa morrer de amor e, ainda sim, ser discreta. Que eu possa sentir tristeza sem que ela se aposse de toda a minha alegria. E que, se um dia eu for abandonada pelo amor, não deixe que esse abandono seja para sempre uma companhia.
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Marla de Queiroz